Usa-se o Método de Equivalência Patrimonial para avaliar a participação de uma empresa investidora no patrimônio líquido de instituições controladas e coligadas. Continue lendo para saber mais!
Equivalência Patrimonial: do que se trata?
No artigo de hoje, a BGR Consulting aborda um assunto muito importante dentro da área de contabilidade e finanças. Trata-se da equivalência patrimonial, método que tem como principal objetivo mensurar a participação de investidores em outras empresas.
Há regras específicas para a realização de demonstrações dessa natureza, sendo o patrimônio líquido de uma empresa um dado vital de referência para a contabilização. Assim, em posse dessa informação, é possível determinar, em valores atualizados, o grau de influência financeira de uma empresa sobre outra.
As empresas que recebem investimentos permanentes podem ser classificadas como controladas ou coligadas e o que as caracteriza como tal é o nível de poder que a instituição controladora tem sobre elas. Nas controladas, geralmente o investidor tem influência direta nas ações financeiras, o que deve ser utilizado para potencializar ganhos a partir de decisões gerenciais.
Por fim, a participação nas coligadas também é relevante e as sugestões do investidor podem receber bandeira verde em comum acordo com administradores e outros membros do corpo societário.
O método de Equivalência Patrimonial está amparado por diferentes documentos oficiais, havendo regras específicas para sua utilização.
Equivalência Patrimonial: Legislação
As regras para avaliação de Equivalência Patrimonial estão contidas em publicações como a Lei nº 12.913/2014 e o Pronunciamento Técnico CPC 18.
Embora seja difícil mensurar o grau de influência de uma empresa controladora sobre controladas ou coligadas, é possível estipular, através de porcentagem de investimentos, como se dá sua participação em decisões importantes. Ou seja, se um investidor possuir 20% ou mais das ações ou poder de voto em um estabelecimento, pode-se inferir que este exerce um grau de influência relevante nas decisões.
Há casos em que este valor pode ser menor. No entanto, caso o investidor tenha lugar representativo em conselhos ou administração da empresa, o grau de participação nas decisões pode aumentar. Isso também pode ocorrer quando a empresa que investe fornece equipamentos e condições para desenvolvimento de atividades operacionais.
Por fim, é a investidora que solicita a equivalência patrimonial, pois esta é a base para seu cálculo de patrimônio líquido de uma empresa, a porcentagem de participação de uma investidora e o valor contábil do investimento feito.
Exemplos de aplicação
No método de Equivalência Patrimonial, a participação do investidor pode ser avaliada pelo valor investido e na sua valorização ou desvalorização. Isso pode ocorrer se a empresa tiver lucros ou prejuízos.
Por exemplo, é possível imaginar uma empresa investidora que, ao investir 100 mil em uma controlada, adquire 50% de sua participação social. A empresa que recebeu investimentos deve fazer a distribuição de dividendos aos sócios. Supondo que o valor total de dividendos seja de 20 mil, supõe-se que a controladora vai receber metade, ou seja, 10 mil reais.
Porém, se no período de demonstrações financeiras o lucro líquido da empresa investida for de 40 mil, o aumento da empresa investidora, por equivalência patrimonial, é de 30 mil reais (valor da distribuição de lucros e dividendos).Ou seja, o valor inicial do investimento passa de 100 mil a 130 mil ao fim da primeira demonstração.
Por se tratar de um assunto complexo, é muito comum que sócios com poder de decisão e investidores façam consultas à contadores.
Como esses profissionais possuem habilitação pelo CRC, além da experiência para lidar com dados contábeis, as transações de investimentos e cálculos se tornam mais práticas e seguras.
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